O câncer de pâncreas manifesta-se com dor significante em até
80% dos pacientes, com a doença avançada, eleva-se para 90%, por invasão
gástrica ou retroperitoneal.
Esse tipo de dor deve ser identificado, pois pode ser tratado com bloqueio do plexo celíaco.
Costuma ser indicado em dores severas, geralmente intratáveis e refratárias ao tratamento convencional, no andar superior do abdome. Além das neoplasias de pâncreas, é um procedimento também indicado em outros casos de câncer de abdome superior (estômago, vias biliares e metástases de fígado), na pancreatite crônica, tumores dolorosos retroperitoneais ou em casos de dor abdominal crônica em pacientes que não respondem ao tratamento com doses altas de analgésicos.
Consiste na a injeção de pequeno volume de agentes químicos como álcool e fenol em área bem próxima ao “plexo celíaco”, que é um conjunto de gânglios/nervos localizados numa área em frente à coluna vertebral (geralmente em nível de T12-L1, sendo maior plexo nervoso visceral ) e que inervam órgãos do abdome superior. Pode ser realizada também por agentes térmicos (radiofrequência). Geralmente é realizado em centro cirúrgico guiado por radioscopia.
É um bloqueio que costuma ser muito eficaz (cerca de 70 a 90% de controle em 6 meses na dor do câncer de pâncreas). Costuma ter poucas complicações e efeitos colaterais mais sérios. Os benefícios para o paciente são a grande redução da dor, permitindo importante redução ou mesmo eliminação dos medicamentos analgésicos a serem ingeridos diariamente.